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Um pouco da historia e origem do origami

Papel Origami

Acredita-se que os chineses inventaram a seda por volta de 2.700 a.C. e, além de utilizar o tecido como vestimenta, ele servia como suporte para a escrita, como uma espécie de pergaminho.

Para se ter uma ideia, a manufatura da seda era um segredo de Estado e assim permaneceu até aproximadamente o ano 300, quando foi descoberta pela Índia, depois de 3.000 anos de sua criação pelos chineses.

Se nos dias de hoje a seda ainda é um artigo escasso e sofisticado, naquela época era muito mais, já que sua produção era inteiramente artesanal, e, por conseguinte, seu preço de mercado era elevadíssimo.

Visando a encontrar outro suporte para a escrita mais barato e acessível, no ano 105 a.C., T’Sai Lun, administrador do palácio do imperador, começou a misturar cascas de árvores, panos e redes de pesca, e, assim, surgiu o primeiro papel.

Essa receita também foi mantida em segredo por muito tempo e somente no século VI, por meio dos monges budistas, sua técnica de fabricação foi levada ao Japão, onde nasceu o que hoje se chama origami.

“Origami” é uma palavra japonesa formada a partir da junção de duas outras: “ori” (折り), que significa dobrar e “kami” (紙 – leia-se “kamí”), que significa papel.

Curiosamente, “kami” (神 – leia-se “kámi”) designa Deus e, nesse sentido, acredito que não seja coincidência a similaridade entre as palavras e o fato de os primeiros origamis que se tem conhecimento estejam relacionados a cerimonias religiosas chamadas “shinto” (神道).

Inicialmente, como a produção do papel ainda era muito cara, os origamis eram restritos às finalidades religiosas e às classes altas da sociedade, sendo considerados artigos de luxo.

A popularização do origami deu-se somente a partir do século XVI, com o barateamento do papel e a disseminação da cultura do origami nas demais classes sociais japonesas.

O primeiro livro de origami com diagramas surgiu em 1797 e se chama “Senbazuru Orikata” (羽鶴  折り方 – “Como dobrar mil tsurus”), mas, até então, não havia uma uniformização dos símbolos e indicações utilizados na elaboração das instruções das dobraduras, o que criava muita confusão e dificuldade para os seguidores dessa tradição.

Somente em 1954 surgiu a padronização da simbologia usada até hoje nos diagramas de origamis, com o lançamento do livro “Atarashii Origami Geijutsu” (新しい 折り 芸術 – “A Nova Arte do Origami”), que ficou conhecida como sistema Yoshizawa-Randlett.

A partir daí, o origami difundiu-se por todo mundo e, atualmente, pode ser considerado bastante democrático, pois hoje em dia qualquer pessoa tem acesso a papel e pode inventar uma nova técnica de dobradura ou um novo modelo inédito.

Pouco se sabe a respeito da real origem do origami, pois não há diagramas ou amostras de períodos remotos que datem da época de sua invenção.

Embora a China tenha inventado o papel e seja possível que os chineses tenham feito uma dobradura ou outra, fato é que o que se entende por origami é tecnologia japonesa.

Como tenho ascendência nipônica, se perguntarem para mim, afirmo com toda certeza que o origami é nosso!!!

Discussões à parte, independentemente de onde tenha surgido o origami, atualmente ele se encontra nos mais diversos países e pode ser feito por todos, o que só ajuda a melhorar as técnicas e a provocar a admiração de mais e mais pessoas amantes dessa tradição milenar.

A Yatta Artes Orientais convida você a conhecer um pouco mais da arte do origami e a se deixar surpreender com as maravilhas que podem surgir a partir de um simples pedaço de papel.

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Fontes: http://yasalde.no.sapo.pt/Historia.htmhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Yoshizawa-Randletthttp://paulacalisto.blogspot.com.br/2011/05/dia-da-crianca-nao-e-todos-os-dias.html